Biografia
Leonel Matos nasceu em Coarací, Bahia, em 1955. No ano seguinte passa a morar em Salvador. Inicia sua atividade artística em 1971 quando pinta seu primeiro quadro e participa de uma coletiva. Em 1974 faz sua primeira exposição individual na Galeria Esaf. Três anos depois, em Salvador, ganha o 1º prêmio no Festival de Itapuã. Em 1985, muda-se para São Paulo, onde participa de salões de arte e ganha o IIº Prêmio Pirelli, realizado no MASP. Neste mesmo ano, recebe o Prêmio Chandon Arte e Vinho - Paço da Artes – São Paulo.
Em 1987, faz parte do projeto “Extremo”, juntamente com Aprígio, Dina Oliveira e Brito Velho, que resulta numa exposição itinerante por 10 estados brasileiros. Convidado pelo crítico de arte Jacob Klintowitz, participa da Iª Seleção Helena Rubinstein no MASP, em São Paulo, Paris e Bordeaux/França.
Em 1990, volta para Salvador, onde resgata suas raízes e contribui para as artes plásticas com interferências urbanas, como por exemplo, o velório na Praça da Piedade, que enfocou o tema AIDS, e em 1992, utilizando várias árvores mortas da cidade ao transformá-las em esculturas, assim como intervenções na Igreja de Monte Serrat, no Cine Roma e um mural nos muros do porto de Salvador.
Em 1994 cria um movimento de arte contemporânea com artistas de Salvador e é um dos convidados pelo MAM/Bahia para exposição em Paris como um dos representantes da Geração 70. Em 1999, cria o projeto “Pinte Salvador”, produzindo 10 murais coletivos na cidade. Em 2000 é preso e desenvolve um trabalho social na Penitenciária, com a tentativa de transformar a cadeia em um centro cultural, pintando várias fachadas de celas e colocando uma centena de presos para pintar.
O resultado é uma instalação de 200m², denominada “Caixa Preta”, em forma de labirinto, com 610 obras de sua autoria e 250 obras dos internos em desenhos, efetivada com exposição no Museu de Arte Moderna da Bahia, projeto que recebeu o Prêmio BRASKEM Cultura e Arte de 2004. Vencedor do edital do Centro Cultural dos Correios realiza em 2007 mostra comemorativa aos trinta e cinco anos de arte, com a exposição Sequência 35.
O artista vem desenvolvendo um trabalho de agitador cultural, abrindo seu ateliê para novos artistas e conceituados no Estado. Em 2009 fundou o SINAPV-BA, Sindicato dos artistas plásticos e visuais da Bahia, do que é presidente.
Legalizado oficialmente em setembro de 2011, o SINAPEV-BA conta hoje com um currículo de patrocínio e participação em eventos culturais, sociais e políticas, em Salvador e outras cidades do Estado da Bahia.